Miguel Reis Silva, investigador do ISAMB e médico de medicina física e de reabilitação em parceria com o Professor da Faculdade de Motricidade Humana, Pedro Teixeira, escreveram um artigo no jornal Público sobre as vantagens e riscos do exercício físico.
São várias as razões que levam as pessoas a praticarem actividade física, destacando-se as questões de saúde, ou simplesmente, o desejo de ter uma condição física invejável. Neste artigo, os autores defendem que “não existem actividades de risco zero” sendo muito importante encontrar um equilíbrio entre os riscos e as vantagens.
Os riscos mais relevantes, segundo os autores são os cardiovasculares e os músculoesqueléticos, sendo que as actividades que apresentam maior preocupação são as que envolvem intensidade vigorosa e desporto de competição, podendo o risco ser agravado quando o exercício é realizado em ambientes frios. No entanto, os autores garantem que “rara é a morte súbita associada ao exercício”, sendo o sedentarismo “um dos principais factores de risco para a morbilidade e mortalidade global”.
Precisamente para se encontrar o equilíbrio entre prós e contras do exercício físico, a American College of Sports Medicine desenvolveu um algoritmo de avaliação de risco pré-exercício (clique para ver infografia), que pode ser realizada por médicos ou fisiologista do exercício físico.
Miguel Reis Silva assume-se um amante do desporto e adiantou-nos que este artigo escrito em colaboração com o Professor Pedro Teixeira da FMH surgiu no contexto da sua colaboração com o Programa Nacional para a Promoção da Actividade Física, coordenado pela Direcção-Geral da Saúde. “ (…) De facto, toda a minha vida tem sido dedicada à medicina e actividade física/desporto dando-me este tipo de desafios especial satisfação pessoal. Se os benefícios da actividade física são inquestionáveis, a verdade é que existem riscos associados que, embora apresentem uma baixa incidência, têm consequências nefastas. Desta forma, o artigo aborda os prós e os contras da actividade física, baseado nas últimas recomendações de estratificação de risco. Afinal de contas, se os riscos forem considerados e endereçados passam de diminuídos a virtualmente nulos, beneficiando as populações dos inúmeros benefícios da actividade física.”
Parabéns Miguel Reis Silva!