Insegurança alimentar nos idosos portugueses

O artigo Food insecurity in older adults: Results from the Epidemiology of Chronic Diseases Cohort Study 3 revela que 23% dos idosos não têm acesso a uma alimentação adequada.

Publicado na revista Frontiers in Medicine, tem como primeira autora a Mestre Simone Fernandes.

A população com mais de 64 anos de idade representa o grupo etário em maior crescimento em Portugal. O que o estudo revelou, com base numa amostra representativa desta população, resultante da terceira avaliação do Estudo Epidemiológico de Coorte de Doenças Crónicas EpiDoC, é que quase um quarto desta população, que vive na comunidade (portanto, com alguma autonomia), está em situação de insegurança alimentar. Os principais determinantes da insegurança alimentar são variáveis socioeconómicas, tais como recursos financeiros e isolamento social. Verificou-se também que a situação de insegurança alimentar está associada ao pior estado geral de saúde e a doenças crónicas. A equipa de investigadores conclui ser urgente garantir “acessibilidade física e económica a alimentos suficientes, seguros e nutricionalmente adequados, que permitam satisfazer as necessidades nutricionais e preferências alimentares para uma vida activa e saudável”.

Estes resultados surgem no contexto da dissertação de Mestrado de Simone Fernandes “Insegurança alimentar em idosos a viver em comunidades em Portugal”, orientada pela Professora Doutora Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Universidade Nova de Lisboa e pelo Mestre Osvaldo Santos do Instituto de Saúde Ambiental (ISAMB), da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.