Homens e mulheres diferem relativamente à auto-percepção do estado geral de saúde

Gender differences in psychosocial determinants of self-perceived health among Portuguese older adults in nursing homes, publicado na Aging & Mental Health,  é o mais recente artigo da investigadora do ISAMB Violeta Alarcão.

Doutorada em sociologia pelo ISCTE e com filiações ao Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL) do Instituto Universitário de Lisboa e ao Instituto de Saúde Ambiental (ISAMB) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, a Doutora Violeta Alarcão tem dedicado a sua investigação a temas como as desigualdades sociais em saúde, sexualidade e género, envelhecimento saudável e determinantes psicossociais de saúde, numa perspectiva interdisciplinar. Temas que estiveram na base da realização deste artigo que, após uma análise estratificada por género, identificou determinantes da auto-percepção do estado de saúde de mulheres e homens portugueses com mais de 64 anos de idade, residentes em lares.

Com este estudo, baseado em entrevistas presenciais a uma amostra representativa de idosos portugueses residentes em lares, verificou-se uma associação significativa entre o género e a auto-percepção do estado geral de saúde: 90,6% das mulheres versus 82,3% dos homens participantes avaliaram o seu estado geral de saúde como “menos do que bom”. E enquanto a depressão e a solidão foram os principais determinantes psicossociais da auto-percepção do estado saúde nas mulheres, a idade e o conforto financeiro auto-percepcionado foram os principais factores no caso dos homens.

O conhecimento dos determinantes interpessoais e socioeconómicos associados à vivência do envelhecimento em Portugal é fundamental para melhorar a saúde da população idosa.