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Vivemos, nas últimas décadas, um período de desenvolvimento civilizacional com avanços científicos e tecnológicos que têm proporcionado a melhoria de determinados indicadores de saúde, nomeadamente o aumento da esperança média de vida, a diminuição da taxa de mortalidade infantil, ou a diminuição do número de pessoas a viver em situação de pobreza. Apesar de se estar a observar um aumento populacional, fruto do desenvolvimento e consequentes melhorias nos indicadores referidos, tem aumentado também, pelo contrário, a prevalência de doenças crónicas não transmissíveis, como por exemplo as doenças cardiovasculares, doenças do aparelho respiratório, diabetes ou cancro. Isso implica que os serviços de saúde tenham de dar resposta a um maior número de pessoas com algum tipo de morbilidade que necessitam de mais cuidados numa lógica diária ou nos momentos de agudização/descompensação da doença.

O aumento da necessidade de cuidados de saúde leva, por sua vez, ao aumento do consumo de recursos necessários à disponibilização de materiais utilizados durante a prática clínica, nomeadamente no diagnóstico, tratamento ou imunização dos indivíduos, ou ainda relacionados com outras actividades das instituições de saúde para além da prática clínica. No entanto, numa lógica de saúde planetária e de garantia de sustentabilidade, é imprescindível pensar na garantia dos melhores cuidados de saúde face às necessidades actuais, sem comprometer que as gerações futuras possam também usufruir dos melhores cuidados de saúde disponíveis. Nesse sentido, a quantidade de resíduos, perigosos e não perigosos, originada pelos serviços de saúde a nível mundial assume uma parte fundamental desta equação e que deve ser repensada para se proteger, também por essa via, a saúde da população a longo prazo.

O Plano Estratégico dos Resíduos Hospitalares 2011-2016, assumido pela Agência Portuguesa do Ambiente, Direcção-Geral da Saúde e Direcção-Geral de Veterinária, definiu uma estratégia de gestão para este tipo de resíduos. Mais recentemente, foi também definido o Plano Estratégico do Baixo Carbono que, apesar de ter objectivos mais centrados na eficiência do uso de recursos energéticos e hídricos, comporta também directrizes ao nível da gestão de resíduos.

Porém, na prática, qual a estratégia a longo prazo para a prevenção/redução dos resíduos associada a estes serviços? Que nível de compromisso estão os serviços e as instituições, bem como os profissionais que os integram, a assumir na redução dos resíduos gerados durante a prestação de cuidados de saúde? De que forma esta problemática contribui para a redefinição das prioridades das instituições de saúde, nomeadamente ao nível de uma maior aposta na prevenção da doença?

Esta webinar realiza-se no âmbito da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos


INSCRIÇÃO

Inscrições gratuitas, mas obrigatórias. Inscreva-se aqui.


PROGRAMA

Moderador: Dr. Rodrigo Santos (ISAMB-FMUL)

Produção de resíduos associada aos cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares
Eng. Francisco Sequeira (Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E.)

Estratégia de gestão de resíduos no SNS
Eng.ª Anabela Santiago (Divisão de Saúde Ambiental e Ocupacional da Direção-Geral da Saúde)

Redução da produção de resíduos nas entidades públicas do sector da saúde: Perspetiva do PEBC e Eco.AP do Ministério da Saúde
Eng.ª Lúcia Dantas (Unidade de Instalações e Equipamentos da Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.)


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